Jogadores eliminados reclamam de árbitros

Não é só no Brasil que o choro dos perdedores serve para criticar os árbitros depois de suas derrotas

Depois da declassificação do Palmeiras no Campeonato Paulista e do Real Madri na Liga dos Campeões da Europa, os seus principais jogadores usaram os árbitros como alvo de críticas para tentar justificar a própria incompetência dentro de campo. Afinal, é mais fácil colocar a culpa de sua falha nos outros do que assumí-la.

O atacante Kléber do Palmeiras reclamou do comportamento do árbitro Paulo César de Oliveira (FIFA/SP) no confronto com seu maior arquirrival, o Corinthians, em jogo que perdeu a vaga na final na disputa de pênaltis após um empate em 1 a 1.

– Se eu fosse presidente invadiria o campo, o Eurico (Miranda, ex-presidente do Vasco) fazia isso. Eu seria assim. É difícil ver o que aconteceu e ficar calado – desabafou o Gladiador.

A Federação Paulista de Futebol também não foi poupada. No início do ano, a FPF enviou representantes para dar palestras aos jogadores antes do Campeonato Paulista. O tema? Arbitragem. Para o Gladiador, nada que foi discutido antes da competição teve utilidade.

Na Europa

O atacante do Real Madrid Cristiano Ronaldo voltou a reclamar de um suposto favorecimento dos árbitros ao Barcelona, depois que sua equipe foi eliminada da Liga dos Campeões pelo eterno arquirrival nas semifinais. “Todo mundo sabe que árbitros favorecem o Barça”, afirmou o português.

A UEFA está investigando as acusações feitas na semana passada, depois da partida de ida, pelo técnico do Real Madrid, José Mourinho, que afirmou haver uma conspiração na federação europeia para ajudar o Barça.

Cristiano Ronaldo, o jogador mais caro do mundo, afirmou a jornalistas que o Real acreditava que podia vencer o Barça, mas que o árbitro não permitiu.

O fato que a história se repete, tanto no Brasil quanto fora. Jogadores, técnicos e dirigente sempre se valem da sua popularidade e dos microfones para criticarem o trabalho sério dos árbitros de futebol, como forma de desviar o foco e justificar seu mau desempenho. Isso só pode mudar ser as federações punirem seriamente os exageros, intimidações e calúnias.