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Árbitro que “peitou” CBF e amarelou Ceni após 100º gol quer virar técnico

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Você já imaginou a possibilidade de um árbitro virar técnico? Não? Pois então… Saiba que isso pode estar perto de acontecer. Hoje nos EUA, o paulista Guilherme Ceretta de Lima, de 33 anos, está se preparando para atuar como treinador. Formado em Educação Física, o árbitro, que deixou o Brasil em protesto contra a CBF e ficou conhecido por dar cartão amarelo a Rogério Ceni segundos depois de o ex-goleiro marcar o 100º gol da carreira, fez a revelação em participação exclusiva no Esporte em Discussão, da Rádio Jovem Pan.

“Meus estudos agora estão todos focados nisso. Estou estudando possibilidades de fazer, tanto no Brasil, quanto nos EUA, alguns estágios com pessoas reconhecidas e inteligentes a ponto de poder, daqui a um, cinco ou dez anos, atuar como treinador”, contou Ceretta.
O árbitro, no entanto, é pessimista quanto à possibilidade de trabalhar em um grande clube do futebol brasileiro, por exemplo.

“Óbvio que ninguém vai dar oportunidade para um ex-árbitro de 30 anos ser treinador. Mas eu tenho um projeto de vida. Trabalho em escolas de futebol há 15 anos, fazendo, estudando, aprimorando parte técnica e tática, para que um dia possa ter uma oportunidade”, acrescentou.

Ceretta está nos Estados Unidos desde o início de 2016, por opção própria. A mudança foi a forma que o árbitro encontrou para protestar contra a CBF, que o puniu na sétima rodada do Campeonato Brasileiro de 2015 depois de polêmica com Wellington Paulista.

Então no Coritiba, o atacante ofendeu um bandeirinha em jogo contra o Flamengo, e Ceretta não lhe mostrou o cartão amarelo. Oficialmente, a entidade alegou omissão e suspendeu o árbitro por 15 dias.

O que Ceretta sofreu, no entanto, foi uma sanção muito mais pesada: não foi mais escalado até o término da competição nacional e, revoltado, entrou em conflito com dirigentes e pediu desligamento da entidade antes de deixar o Brasil rumo aos EUA.

Lá, tem apitado apenas jogos amadores e de categorias de base, embora já flerte com a atuação em partidas profissionais – para isto, ele precisa tirar o visto de trabalho.

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“Hoje, eu não daria o cartão”

Eleito o melhor árbitro do Campeonato Paulista de 2015, Guilherme Ceretta de Lima virou manchete depois de expulsar Dudu e Geuvânio e ser empurrado pelo atacante palmeirense na final da competição estadual.

Muito antes daquele fato, no entanto, o árbitro já havia ganhado fama nacional. Tudo porque mostrara um cartão amarelo a Rogério Ceni segundos depois de o ex-goleiro anotar o 100º gol da carreira, contra o Corinthians, na Arena Barueri.

O ídolo são-paulino tirou a camisa para comemorar o gol e foi punido pelo árbitro – que é orientado pela Fifa a tomar tal atitude.

Quase seis anos depois do lance, Ceretta admitiu que não havia necessidade de advertir Rogério e disse que, hoje, não mostraria o cartão amarelo ao goleiro – a declaração, na íntegra, pode ser vista no vídeo abaixo.

Fonte: Jovem Pan

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